Conheça o novo índice para correção da locação residencial

O índice Geral de Preços do Mercado (IGPM) é o que norteia geralmente a correção dos
valores dos contratos de locação, com o aumento do dólar entre 2020 e 2021 e o aumento da
demanda por commodities o IGPM teve uma alta significativa. Com isto, locadores e locatários
passaram a renegociar a forma de corrigir os valores dos contratos.
Porém, conclui-se que o IGPM é um índice diretamente afetado pela situação do mercado
externo e não tem relação com o custo de moradia no seu cálculo. Então temos a seguinte
problemática: faltava um índice que refletisse a variação dos contratos de locação.
Uma solução que vem sendo utilizada é a substituição do IGP-M pelo IPCA (Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo), que é baseado na “inflação de um conjunto de produtos e
serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias”, porém
também não tem relação direta com as variações do mercado imobiliário.
Com a proposta de refletir as mudanças reais do mercado imobiliário, em janeiro de 2022 a
Fundação Getúlio Vargas (FGV) criou o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (Ivar), que
considera especificamente as variações locatícias. Ele tem periodicidade mensal e faz parte do
calendário fixo de índices divulgados e calculados pela instituição.
O índice se baseia em dados de contratos em vigor, aplicando a média ponderada dos dados
obtidos de cerca de dez mil contratos de locação de imóveis residenciais vigentes em quatro
capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.
A ideia do índice promete solucionar a problemática garantindo uma melhor correção dos
valores de contratos de locação. Mas ainda há um grande caminho a ser percorrido para que o
mercado imobiliário incorpore esse índice.